Coleção
Pingado
Coleção
Cerâmica Tradicional
Linha Tradicional
O oleiro na sua roda, poucas artes assim são, todo o dia dá à perna, é assim que ganha o pão. Faz tarefas e alguidares, faz cântaros e infusas, faz toda a louça que se usa, faz bacias para se lavar, faz tijelas para vidrar, que até as compõe na moda, o mesmo nada se incomoda, que a arte dele assim é, dá milhares de pontapés, o oleiro na sua roda.
Pintado com Amor
De inverno treme de frio, além das dores nos braços, certas horas aos pedaços, até lhe mete fastio, mas aquele que tem brio, de quem treme faz mangação, até lhe chamo mandrião, que não se arruma ao serviço, fiquem certos que é por isso, poucas artes assim são.
Em vindo o tempo de verão, quando há muito calor, já ao barro tem amor, gosta do fresco na mão, para dar interesse ao patrão, que é assim que se governa, já não entra na taberna, que não há tempo a perder, para ganhar para comer, todo o dia dá à perna.
Trata logo de enfornar, se tem já louça enxuta, nunca acaba com a labuta, se tem barro para coar, já não pode descansar, que não tem que fazer serão, se tem de fazer serão, está tratando do forno, toda a noite põe piorno, é assim que ganha o pão